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terça-feira, 18 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Cat people

Avistei o Baltazar a passar ao longe, naquela linha da costas vêm-se vultos que mais parecem gatos negros e o Arquimedes dentro de água gritaria tão alto que se ouviria em Paris. O sol encontra-se de frente e a imagem que tens é a que guardas na retina dos olhos de anos volvidos, franzes a testa e é um decalque do que guardas que vai passando. Ainda o tentei alcançar mas ele já se tinha esfumado, talvez o consiga ver, mais tarde, no canto do costume.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Da resistencia helénica, um aplauso

Europe dodged a bullet on Sunday. Confounding many predictions, Greek voters strongly supported their government’s rejection of creditor demands. And even the most ardent supporters of European union should be breathing a sigh of relief.
Of course, that’s not the way the creditors would have you see it. Their story, echoed by many in the business press, is that the failure of their attempt to bully Greece into acquiescence was a triumph of irrationality and irresponsibility over sound technocratic advice.
But the campaign of bullying — the attempt to terrify Greeks by cutting off bank financing and threatening general chaos, all with the almost open goal of pushing the current leftist government out of office — was a shameful moment in a Europe that claims to believe in democratic principles. It would have set a terrible precedent if that campaign had succeeded, even if the creditors were making sense.
What’s more, they weren’t. The truth is that Europe’s self-styled technocrats are like medieval doctors who insisted on bleeding their patients — and when their treatment made the patients sicker, demanded even more bleeding. A “yes” vote in Greece would have condemned the country to years more of suffering under policies that haven’t worked and in fact, given the arithmetic, can’t work: austerity probably shrinks the economy faster than it reduces debt, so that all the suffering serves no purpose. The landslide victory of the “no” side offers at least a chance for an escape from this trap.
But how can such an escape be managed? Is there any way for Greece to remain in the euro? And is this desirable in any case?
The most immediate question involves Greek banks. In advance of the referendum, the European Central Bank cut off their access to additional funds, helping to precipitate panic and force the government to impose a bank holiday and capital controls. The central bank now faces an awkward choice: if it resumes normal financing it will as much as admit that the previous freeze was political, but if it doesn’t it will effectively force Greece into introducing a new currency.
Specifically, if the money doesn’t start flowing from Frankfurt (the headquarters of the central bank), Greece will have no choice but to start paying wages and pensions with i.o.u.s, which will de facto be a parallel currency — and which might soon turn into the new drachma.
Suppose, on the other hand, that the central bank does resume normal lending, and the banking crisis eases. That still leaves the question of how to restore economic growth.
In the failed negotiations that led up to Sunday’s referendum, the central sticking point was Greece’s demand for permanent debt relief, to remove the cloud hanging over its economy. The troika — the institutions representing creditor interests — refused, even though we now know that one member of the troika, the International Monetary Fund, hadconcluded independently that Greece’s debt cannot be paid. But will they reconsider now that the attempt to drive the governing leftist coalition from office has failed?
I have no idea — and in any case there is now a strong argument that Greek exit from the euro is the best of bad options.
Imagine, for a moment, that Greece had never adopted the euro, that it had merely fixed the value of the drachma in terms of euros. What would basic economic analysis say it should do now? The answer, overwhelmingly, would be that it should devalue — let the drachma’s value drop, both to encourage exports and to break out of the cycle of deflation.
Of course, Greece no longer has its own currency, and many analysts used to claim that adopting the euro was an irreversible move — after all, any hint of euro exit would set off devastating bank runs and a financial crisis. But at this point that financial crisis has already happened, so that the biggest costs of euro exit have been paid. Why, then, not go for the benefits?
Would Greek exit from the euro work as well as Iceland’s highly successful devaluation in 2008-09, or Argentina’s abandonment of its one-peso-one-dollar policy in 2001-02? Maybe not — but consider the alternatives. Unless Greece receives really major debt relief, and possibly even then, leaving the euro offers the only plausible escape route from its endless economic nightmare.
And let’s be clear: if Greece ends up leaving the euro, it won’t mean that the Greeks are bad Europeans. Greece’s debt problem reflected irresponsible lending as well as irresponsible borrowing, and in any case the Greeks have paid for their government’s sins many times over. If they can’t make a go of Europe’s common currency, it’s because that common currency offers no respite for countries in trouble. The important thing now is to do whatever it takes to end the bleeding.

Ending Greece’s Bleeding, Paul Krugman 5th July


Agora falta esperar para ver como se vão desenrolar as conversas… e se a pequena política abandona o palco em favor da História.

p.s. uma remissão:
Finland is a model European citizen; it has honest government, sound finances and a solid credit rating, which lets it borrow money at incredibly low interest rates.
It’s also in the eighth year of a slump that has cut real gross domestic product per capita by 10 percent and shows no sign of ending. In fact, if it weren’t for the nightmare in southern Europe, the troubles facing the Finnish economy might well be seen as an epic disaster. 3rd July - http://www.nytimes.com/2015/07/03/opinion/paul-krugman-europes-many-disasters.html?rref=collection%2Fcolumn%2Fpaul-krugman

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Torpor

"O Syriza é a cirrose da Europa, a desgraça dos gregos intoxicou o projecto europeu."
João Figueiredo, PSD

Creio que o sr ministro das finanças Grego não esconda ouzo na lata do capitalismo mas, quem sabe? no lugar dele eu era capaz de esconder. Creio, aliás, que aquele olhar, esta imagem de desespero e resignação na derrota não são, de facto, uma imagem do desespero e da derrota que esperamos, são o aceitar de uma cortina de ferro. os países não morrem, não abrem falências, não cessam a sua actividade. As nações não se esquecem, os povos ou são total e completamente dizimados ou continuam clamando pela sua pátria. Os países mudam, as alianças transformam-se e as bandeiras são substituídas, não há projecto europeu que avance sobre a identidade de um povo, não há bandeira nacional que fará europeia, e uma cortina de fumo, de morteiros, ergue-se perigosamente próximo da Grécia e a Turquia não é tão estável que possa substituir os portos helénicos na NATO.


Foram os Gregos, e o despotismo, e os radicais do Syriza que fizeram isto tudo estalar, foi a banca grega que é corrupta, a fuga aos impostos das empresas gregas, os grandes conglomerados de armadores que colocaram capitais em paraísos fiscais como as Bahamas, ou o Luxemburgo. Só os gregos claro está, o resto está tão impoluto como um recém nado, e a Europa faz muito bem em não ceder, claro está. Não seria justo para os que cumpriram e com esforço e sacrifício seguiram as doutas linhas de orientação do FMI BCE e Comissão. Receita para o sucesso claro está, pelo menos da banca alemã que foi a primeira a ser paga com o dinheiro dos resgates. Resgate é de facto um bom termo, mas todos já vimos filmes suficientes para saber que no fim os raptores matam a vítima.


Tudo bem, porreiro da vida como dizia o outro, os Gregos vão-se, aliás, já começaram a imprimir dracmas para pagar salários e pensões no final do mês e a Zona Euro controla a saída desviando-se das ondas de choque qual boneco de animação. Afirma-se por aí que sabemos todos o que vamos fazer, aqui pelo burgo até se diz que até Dezembro está tudo bem, cofres cheiinhos.


Então os Gregos que se amanhem que o problema é deles, solidariedade só para bons alunos, os maus da fita tem que ser castigados, desde que nada aconteça aos outros. Óptimo, tudo assinado, tratado e esterilizado. Mas?…. afinal os países podem sair do euro? Ai podem? Então se eu apostar na saída de hmmmm deixa cá ver um fraco hmmm portugal e o estrangular até os cofres ficarem vaziinhos o que é que acontece mesmo? Ah, mas portugal não tem quase dívida grega, não vai ser afectado com a saída e o euro até pode baixar aí uns 20% para compensar promovendo as exportações. Espera lá, as exportações portuguesas são para onde mesmo? Europa? Pagas em euros? e a dívida? grande parte em dólares? Ah, então se calhar já não fica tão bem. Mas o BCE tem a mão por cima da dívida deles, intervém no mercado se for necessário. Intervém? e se eu chamar uns tipos com quem costumo fumar uns charutos e começar a fazer barulho contra frança e alemanha? será que o BCE continua a tentar salvar portugal ou corta as perdas? Tonterias, afinal os Mercados são racionais e vão perceber que ficamos todos melhor sem a Grécia e vai apostar que nos salvamos todos emprestando massa a rodos a juros baixinhos, até mesmo negativos.


E a Hungria páh? e a Ucrânia? e a Rússia? Não sejas aborrecido, não há risco nenhum, não há contágio, não vai acontecer nada à economia portuguesa, o euro vai sair mais forte e a UE vai ficar ainda mais catita. Já te disse que a culpa é dos Gregos e do Syriza.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

I know…


é lento o lento passar dos dias, começava assim a música na minha cabeça.
há mais de um ano que sei, que o rei não estava na melhor das formas, mas sempre achei que aquele pó, mágico, de tijolo ia ser o elixir da juventude dele. Ali nada o poderia bater, pensava eu, mesmo que a realidade já tivesse dito o contrário, lá tudo é mágico. Derrotado para mim continuava a ganhar aquela final onde faziam 22 graus e aqui estava um tempo de país tropical. A bola batida, o deslizar, inapto, quase forçado, fazia-nos crer que ele não estava realmente ali. Só um deslizar decente no jogo todo por parte do que ganhou. Não gosto dele, falta-lhe o cavalheirismo, de resto tem tudo para que eu gostasse, a falta de físico adequado, o tipo que não parece nunca ser capaz. Não, não é a melhor esquerda a uma mão, isso é o Gasquet, e como ele gostaria de lá estar, e talvez eu, até, pudesse torcer um bocadinho pela vitória - tudo menos o sérvio, na verdade. Mas lá ganhou o suiço, o que não fica para a história; o que fica, isso sim, é que a maldição do touro permanece… afinal, se calhar, o rei ganhou mesmo a final...

sábado, 6 de junho de 2015

a kind of...

Quando cheguei tudo me era desconhecido e depois como um puzzle as peças foram-me construindo a lembrança. Os pedaços eram colocados com a maior urgência, como pela mão de um gigante biónico que começa por fazer os cantos, para logo passar às bordas, como me dizem que se fazem puzzles, na mesma ordem com que se coze um ovo, primeiro a clara passa do seu estado de placenta para a rigidez plástica do branco e, só depois, a gema começa, languidamente, a enrijecer, sem esquecer o seu estado de compota. O gigante ia atirando as peças para os seus lugar correctos e eu reconhecendo-os com uma familiaridade assombrosa. Primeiro a rua que sobe, o bar que ainda hoje me parece ter levado um chuto que o deslocou umas casas para cima, um agora motel, onde antes era apenas pensão de putas à qual não dei muita atenção. Hoje é impossível não prestar atenção, em todas as janelas letreiros a dizer motel. O gigante continuava a atirar peças a uma velocidade estonteante, e, eu, após seis anos via a geografia do local com cores technicolor. O botéco da esquina agora serve "portuguese tipical food", antes era um pardieiro de copos cheios até transbordar, a rua sobe incrivelmente, não sei como a trilhei antes sem sentir o seu declive. A encimar continua o restaurante com mercearia à entrada, só serve a uns quantos é verdade, por iniciativa própria só compraria cogumelos secos e fugia dali para fora como acometido por uma doença contagiosa qualquer. Reparaste que antes tem um bar de meninas que dançam a partir das seis da tarde? Deve ser por isso que tem lá o motel, uma coisa leva à outra e não há lenocínio para ninguém, tudo dentro das vontades adultas e consentidas, afinal de contas o acto de consumo é algo que a sociedade actual enquadra melhor se feito por adultos. O restaurante continua igual, pelo menos de fora, não entrei. Nem fazia sentido. à frente tem um hotel, sabias? eu não, não o vi, aliás continuo com a sensação que não vi nada, embora guie a mão do ser que põe as peças. é tudo muito estranho e vivido, demasiado vivido até, parece que afinal o gigante não é biónico mas o Kubrcik e nada disto é muito real. Não fosse a minha ida aqueles bancos junto ao rio, à estátua que parece um grupo de gente desenhada pelo Munoz, e o café que serve tostas mistas, o que em Portugal não parece estranho, não acreditaria em nada disto. Não visse o carro bordô estacionado e os momentos antes da partida e juraria que é tudo falso, que o restaurante não existia, que não sabia se tem ou não mercearia, que o clube não mudou de sitio, que o parque de estacionamento não teve um teatro, que não existiram iogurtes de madrugada, que o calor era tanto que nos sentíamos embriagados, que se discutiam livros e loucuras em las vegas, que se falava nas mais inusitadas situações como obrigação. Negaria tudo e mandava o gajo à fava, mas tenho um medo terrível de não conseguir completar o puzzle.   

quinta-feira, 28 de maio de 2015

segunda-feira, 25 de maio de 2015

da criminalização idiota

Uma baforada para os pregadores da virtude

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 15/05/2015)
         Daniel Oliveira
                         Daniel Oliveira
Deixei de fumar há um ano e meio. Uma decisão difícil, que exigiu muita força de vontade, para quem fumava dois maços e meio por dia. E deixei de fumar apesar da absurda espiral de perseguição aos fumadores. Posso mesmo dizer que ela foi, para além do vício e do abandono de um prazer (sim, fumar era um prazer de que sinto imensas saudades), o que mais me fazia resistir a este abandono. Detesto que me queira desviar para o caminho da virtude e dos bons costumes.
Eu gosto, como sabem, que o Estado cumpra as suas funções. Mas fico perturbado quando vejo tudo de pernas para o ar. Vejo que o Estado abandona o Serviço Nacional de Saúde, desregula o mercado de trabalho e se recusa a proteger-nos da exploração e do abuso, deixa o mercado entregue a si mesmo e permite a fuga das grandes empresas às suas obrigações fiscais. E quanto menos existe mais quer mandar nos nossos gestos quotidianos. Na realidade, o Estado deixou de proteger os cidadãos de quem tem mais poder do que eles mas está cada vez mais empenhado em proteger os cidadãos de si mesmos. Nós temos de viver com a liberdade económica de quem tem dinheiro e a liberdade de circulação de capitais. A única coisa que o poder político acha que não podemos aguentar é a nossa própria liberdade.
O ESTADO DEIXOU DE PROTEGER OS CIDADÃOS DE QUEM TEM MAIS PODER DO QUE ELES MAS ESTÁ CADA VEZ MAIS EMPENHADO EM OS PROTEGER DE SI MESMOS. A ÚNICA COISA QUE O PODER POLÍTICO ACHA QUE NÃO PODEMOS AGUENTAR É A NOSSA PRÓPRIA LIBERDADE
Nesta espiral legislativa, que tem a enorme vantagem de não exigir mais a um Governo do que uma caneta e vontade de agradar à maioria do eleitorado, surgiu mais uma medida, comum em vários países: acrescentar imagens assustadoras, muitas delas sem qualquer rigor científico e técnico, para que as pessoas deixem de fumar. Em vez de informação rigorosa, em vez de exigirem mais obrigações às tabaqueiras, em vez de se tratarem os cidadãos como adultos e as empresas como responsáveis, apela-se ao medo.
Deixei de fumar. Mas, perante os militantes higienistas, sempre prontos a converter-me e purificar-me, tenho uma vontade louca de pegar num cigarro e dar uma baforada de prazer. Sei que o tabaco mata e tira qualidade de vida. Mas não matou tanta gente como aqueles que sempre quiseram obrigar os outros a viver segundo as suas regras de virtude. E não tira tanta qualidade de vida como as hordas de moralistas que querem limpar o mundo de todo o vício.
Pena não ter coragem de morrer cedo. Comprava já um maço, daqueles que vão ficar parecidos com as capas do “Correio da Manhã”, cheios de fotos com cadáveres e frases bombásticas, e fumava-o com um indescritível prazer. Seria a minha homenagem aos que, menos temerosos do que eu, dedicaram a sua vida à imperfeição e ao vício.
não sendo hábito, este re qualquer coisa, não podia de deixar, podia mas apeteceu-me, de propagar esta crónica gamada ao Estátua de Sal

sexta-feira, 15 de maio de 2015

We're going to miss Him


(89 anos)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Paris é uma mulher de cabelo negro, gola carmim e

uma linha de lábios em sorriso


não podia deixar de assinalar a resposta


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

those who choose security over freedom deserve neither*



Jesus died for somebody's sins but not mine

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

As he bummed his cigarette



ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher 
alimento suficiente para a tua morte
vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer – vai por esse campo 
de crateras extintas – vai por essa porta 
de água tão vasta quanto a noite
deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te
e as loucas aveias que o ácido enferrujou
erguerem-se na vertigem do voo – deixa
que o outono traga os pássaros e as abelhas
para pernoitarem na doçura
do teu breve coração – ouve-me
que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna – o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite
não esqueças o navio carregado de lumes
de desejos em poeira – não esqueças o ouro
o marfim – os sessenta comprimidos letais
ao pequeno-almoço
in Horto de incêndio, Lisboa: Assírio & Alvim, 1997

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

in a shallow grave


From childhood's hour I have not been
As others were; I have not seen
As others saw; I could not bring
My passions from a common spring.
From the same source I have not taken
My sorrow; I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I loved, I loved alone.
Then- in my childhood, in the dawn
Of a most stormy life- was drawn
From every depth of good and ill
The mystery which binds me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that round me rolled
In its autumn tint of gold,
From the lightning in the sky
As it passed me flying by,
From the thunder and the storm,
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view. 


E. A. Poe

domingo, 16 de novembro de 2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

é, o tempo não pára


Disparo contra o sol, sou forte sou pro acaso, minha metralhadora cheia de mágoas, eu sou o cara. Cansado de correr na direcção contrário, sem pódio de chegada ou beijo de narmorada, eu sou mais um cara. Mas se você achar que eu estou derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados, porque o tempo, o tempo não pára. Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão da caridade de quem me detesta. A tua piscina está cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos factos, o tempo não pára. Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não pára. EU não tenho data para comemorar, às vezes os meus dias são de par em par, procurando a agulha num palheiro, nas noites de frio é melhor nem nascer, nas de calor se escolhe: é matar ou morrer, e assim nos tornamos brasileiros. Te chamam de ladrão, de bixa, maconheiro, transformam o país inteiro num puteiro pois assim se ganha mais dinheiro. A tua piscina está cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos factos, é o tempo não pára, eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu, de grandes novidades mas, é o tempo não pára

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Book of Revelation



When the Lamb broke the fourth seal, I heard the voice of the fourth living creature saying, “Come.” I looked, and behold, an ashen horse; and he who sat on it had the name Death; and Hades was following with him. Authority was given to them over a fourth of the earth, to kill with sword and with famine and with pestilence and by the wild beasts of the earth.