quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Guiltless



"…procurando adivinhar o que eu sentia e não sentia fosse o que fosse ou sentia coisas sem importância para os outros e que me custam contar, respondia-lhes que a lua me sorria na intenção que me deixassem em paz onde o silêncio se encontra com a noite e as árvores e as coisas desistem de ser…"
Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar?
António Lobo Antunes

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Personne ne se rend compte que certaines personnes dépensent beaucoup d’énergie simplement pour être normale*

um homem é o somatório do seu ser com o seu passado e os sonhos do seu futuro. Retirar ao homem o seu desejo futuro origina um animal amorfo, tirar-lhe o seu passado transfigura-o numa besta sem escrúpulos. O momento presente é, por definição, uma ausência de tempo ou de espaço, tudo é passado ou futuro, o agora é uma impossibilidade gelada, tudo já aconteceu ou vai acontecer. é o conjunto de argumentos passados que permite a corrida para o futuro e é o excesso de passado que hipoteca o futuro. "to have me in the future you have to forgive my past". por seu lado, o excesso de futuro não permite que o passado se acumule de modo a robustecer o acontecer de futuro, um oroboro terrivelmente pernicioso, cheio de dúvidas e ânsias que nunca se concretizam. Existem sombras mais escuras que a noite "como esta casa deve ser triste às três horas da tarde" "na noite mais escura da alma são sempre três da madrugada" e é uma combinação de objectivos futuros que permitem dar sentido ao passado que se constrói como realizador de um filme muito próprio, onde a trivialidade da realidade é relegada para um discursos auto existencialista. Têmis e Nêmesis de uma noite demasiado longa, de um dia demasiado perpétuo, jogo de dados com um fim estabelecido. é uma sedução da vida à morte, uma sedução, que como todas as mulheres, espera ganhar sabendo que não existem realmente vencedores, é um desequilíbrio entre dar e perder, uma vingança e necessidade de retribuição e uma temperança que se propaga para aplacar o futuro, para o conquistar, para sobreviver ao passado. um jogo entre atrair e vingar. vingar o quê? as pequenas loucuras ou as pequenas perdas? atrair o quê? pequenas vitórias ou novas cartas para um jogo que já se perdeu? aqui surge o ser, moldado, esculpido, cinzelado, estropiado, magoado pelo seu contexto. não o incorpora, a sede de sangue será sempre sede de sangue mesmo num campo de magnólias, e portanto o contexto embora perpétuo é um jogo de livre arbítrio, mesmo que a única escolha seja antecipar o olvido e recolher-se nos seus braços frios. contudo, o seu contexto, iminentemente interno como na caverna mais do que o externo da propaganda é ao mesmo tempo recurso e produto do eu, permitindo, ao mesmo tempo que inviabiliza, as escolhas livres de o serem, afigurando-se, assim, como as escolhas de um animal enjaulado sem saber que engoliu a chave do seu cárcere. a própria consciência desse gole prisioneiro constitui um recurso pouco plausível para alguém que ainda espera o futuro e impossível para quem esqueceu o passado. não passando, isto tudo, de um diálogo com o absurdo onde Nix colocará um afago final, de, onde brotarão deuses.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"everyone who bought one of those 30,000 copies started a band."

Músico que nunca deixou a grande maçã mas que pensava em Sintra como alternativa, Poeta de quem tenho um livro palmado faz muitos anos. 71 anos a distorcer percepções. Aquele que lançou um álbum e demorou 40 anos a vê-lo reconhecido como uma obra maior. Aquele que depois de 18 álbuns lança um duplo em parceria com o Poe. Aquele que em 50 anos de carreira lança 35 álbuns, enterra a Nico e Warhol, tendo despedido os dois previamente, é abandonado por  Cale e reencontra-o mais à frente, colabora com Zorn e faz um péssimo álbum com Metallica, que talvez daqui a 40 anos seja louvado. Aquele que pôs o mundo a cantar músicas de travestis como se fosse alegria de celebração e subversão de Dean.




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

It’s just a shadow you’re seein’ that he’s chasing



Hey! Mr. Tambourine Man, play a song for me

I’m not sleepy and there is no place I’m going to
Hey! Mr. Tambourine Man, play a song for me
In the jingle jangle morning I’ll come followin’ you

terça-feira, 15 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

But he himslef was broken




RETRATO DE FUGITIVO POR PAULO NOZOLINO

caminha pela solidão nocturna dos quartos de hotel
e de fotografia em fotografia chega exausto
ao minucioso poema a preto e branco
mas já não o surpreende a violenta visão do mundo
este lento destroço que um líquido sussurro de prata
revela a partir de iluminada fracção de segundo 

e bebe
e ama
e foge de si mesmo
com a leica pronta a ferir como uma bala ecoando
no fundo da memória um néon uma pedra
uma arquitectura de luz e sombra ou um deserto
onde se debruça para retocar os dias com um lápis
na certeza que sobreviverá a estes perfeitos acidentes
a estes restos de corpos a pouco e pouco turvos
pelo tempo pelo sono ou pela melancolia

mas regressa sempre à transumância das cidades
quando a alba do flash prende o furtivo gesto
sobre o papel fotográfico morre o misterioso fugitivo
depois
vem o medo
que se desprende do olhar imobilizado e do rosto
nasce uma vida de infinito caos
Al Berto

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Juan Luís Panero (1942-2013)



Sólo son tuyas —de verdad— la memoria y la muerte,
la memoria que borra y desfigura
y la sombra de la muerte que aguarda.

Juan Luis Panero, en el clan de los poetas enfurecidos


Es imposible atender la figura de Juan Luis Panero, poeta que ayer falleció a los 71 años en la localidad de Torroella de Montgrí (Gerona), donde residía desde hace años, sin tener en cuenta sus ascendentes, su entorno inmediato, el clan de poetas al que perteneció, por mucho que su obra guardase personalidad propia y él mismo, dentro del espíritu rebelde que caracterizó a todos los suyos, tuviera una andadura que miró más allá de una España gris y cerrada –pasó temporadas en América Latina y se relacionaría con figuras tan importantes como Jorge Luis Borges, Octavio Paz y Juan Rulfo, además de frecuentar a Luis Cernuda en México–. Nacido en Madrid en 1942 y hermano del poeta Leopoldo María Panero, ingresado en un centro psiquiátrico desde hace muchos años; hermano también del intelectual Michi Panero, desaparecido en 2004; hijo del poeta Leopoldo Panero, muerto en 1962; sobrino de Juan Panero, muerto a los veintinueve años, en 1937: varias generaciones y una misma extrañeza, la de escribir en una vida incómoda, traumática.
En el caso de Juan Luis, su poesía de línea clara representó para él una manera de encarar la autodestrucción que veía alrededor; de corte narrativo, sus versos no se apreciaron hasta tarde, al haber estado siempre a la sombra del polémico y llamativo Leopoldo María. Cabe destacar su libro de 1968 «A través del tiempo», «Los trucos de la muerte» (1975), «Desapariciones y fracasos», títulos que lo dicen todo sobre el talante del poeta, y sobre todo «Antes que llegue la noche» (1985, Premio Ciudad de Barcelona); Panero ya tenía un nombre por sí mismo, lo que vino a refrendar el hecho de ganar la primera convocatoria del Premio Loewe con «Galería de fantasmas» (1988) y ser merecedor de otro premio, el Comillas de biografía de la editorial Tusquets «Sin rumbo cierto» (1999). La misma editorial en la que vio la luz su poesía completa dos años antes.
Señas de identidad
Ese rumbo perpetuamente incierto, sometido a unas relaciones familiares siempre turbulentas, que recorren la época del franquismo, la Transición y la democracia, tenía una matriarca de nombre paradójico en el contexto que luego quedaría reflejado en dos filmes documentales, uno firmado por Jaime Chávarri en 1976 y una continuación, materializada en 1994 por el desaparecido Ricardo Franco: Felicidad Blanc, que presenció el lanzamiento recíproco de reproches, traiciones, afectos y egocentrismos entre su descendencia.
La locura, la orfandad, la paranoia, incluso la cárcel eran asuntos que aparecían en sus obras como señas de identidad vitales; y sobre todas ellas, «la memoria y la muerte», como decía en un poema de «Enigmas y despedidas» (1999) y que aún enarbola su hermano, el único superviviente y representante de ese fatalismo con el que siempre se relacionará a los Panero.
La Rázon, 18 de septiembre


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Parar e...

duas para perder o dia...





quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"Como esta casa deve ser triste às três horas da tarde (...)

Haverá noite para este dia digam-me, uma altura em que deixo de distinguir o salgueiro e depois do salgueiro a janela, os móveis desaparecem porque não acendemos a luz, ficam as pegas de metal a brilhar um momento, um frémito nas portas que ninguém gira, os meus irmãos procurando-se e eu em busca da saída dado que principiaram as dores e não acho o caminho da rua, apercebo-me do alpendre onde a lanterna baloiça na corrente, ao regressar ao baldio via-a na esquina e acalmava, estou a chegar, estou em casa, não me fazem mal já, o quintal fechava-se-me sobre o corpo e escondia-me, nenhuma cólica, nenhum suor, a paz e com a paz a indecisão da madrugada no peitoril- Nasço não nasço?" 
                       in Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar, de António Lobo Antunes

quinta-feira, 18 de julho de 2013

down to your...


a morte esconde-se no calor, no colarinho molhado, no cheiro acre. O silêncio encontra-se no peito negro de abismos, mudo, onde a profundidade do eco não tem retorno. A vida passa em segundos lentos de nadas colados uns aos outros como forma de dar o desenho de um adn dos dias. A respiração toma o balanço do corpo e pressente-se no momento em que se afunda. As dores acontecem em morrinha de sussurro, presentes, com alterações de intensidade, mas presentes, presentes sempre. Escorrem ideias, calmamente a caírem no fundo do mar, aspirações e desastres, todas a caírem até não mais submergirem. A capsula da atmosfera fecha-se, contorna e aperta. Carrega o ar de estática, de plástico. Os ossos descarnam lentamente, sem dor, como pedaços secos, e apenas a sua visão causa tristeza. Os meninos fecham os olhos nas esquinas das sombras, adormecem profundamente sem que lhes tenha sido dado as boas noites e as estrelas já não os olham. O barulho desaparece de dia, a cidade esconde-se nas ondas do horizonte como colunas enroladas em si mesmas e à noite os programas de televisão têm horários marcados para falarem entre si pelas varandas abertas enquanto os seus ocupantes se esquecem dessa capacidade. Os carros param destroçados pela corrosão nas portas de janelas meias subidas a colher a poeira. Os cães deitam-se e as pessoas passam a olhar para o chão entre as garrafas de plástico. Uma sapatilha branca, de uma marca conhecida, descreve rastos no passeio, espelha o sol e desaparece num café, outro cigarro destroça-se ao cair na sarjeta. Uma garrafa de cerveja meia cheia aparece abandonada numa mesa solitária de uma esplanada vermelho debotado, o seu bebedor desapareceu, lembrou-se que tinha que fazer outra coisa que não esconder as cadeiras do sol e foi-se embora deixando os despojos. Engole-se para dentro, esconde-se, esquece-se, a fala; o que se pensa; o que se sente; traga-se a vida em escolhas com os ossos gelados e as faces rubras. Escorrem as angustias com que cobrimos a pele, escondem-se os ossos à vista com trapos rasgados de vestidos azul glaciar, tapam-se os olhos com as pedras da calçada de modo a que só se veja o sangue que deles escorre e tapa-los já não faça sentido e as mãos caídas, dos braços caídos, perdem as sombras do futuro entre os dedos, caídos.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

terça-feira, 18 de junho de 2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Old thin white duke still has some tricks

a pôr dedos nas feridas

terça-feira, 23 de abril de 2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Deste escrito ali lido, GCI



Acabo de ler um livro para logo começar outro, o que não faz sentido num país que não lê, mas ler para logo começar outro é como ler apenas um enorme livro, é não ler. Na verdade parece-me que não leio, pelo menos livros, leio apenas. É como escrever, escreve-se treinando a mão a ser o cérebro, sem ter o corpo pelo meio ou a consciência de que se escreve, é ligação directa como roubar um carro, é um assalto ao pensamento sem consciência de roubar ou ser roubado. É como o amor, o liquido, para quê ter trabalho, se tudo pode ser conseguido sem trabalho, o sexo, o carinho, a cama, o corpo, e o amor? O amor talvez seja como ler livros sem parar de ler, parece-me não um sacrifício, ler, mas isso deve ser pelo treino, escrever com a mão é muito mais complicado, implica treino. É como o amor, implica treino e insistir, ler não, implica apenas respirar, e o amor é isso é apenas respirar, depois de muito ler, é um acto contínuo sem principio, meio ou fim, é a biblioteca impossível de Borges. E a minha tia passou com dois cães ridículos segurando a trela, que parecia de cavalo, e portanto não um trela mas estribos, e uns sapatos de leopardo. Mas a minha tia não usa sapatados de leopardo, ou de tigre ou de qualquer outro grande felino, o que ainda nos dá a hipótese de usar sapatos de gato, mas assim seria ou assaltante ou escalador, que me parece que com este sol seria impossível, que embora arda como o fogo do inferno está um vento que o apaga. O vento apaga o sol e o meu tio não era o meu tio, que o meu tio não tem uma tonsura de bispo e uns óculos de cardeal, na verdade nem usa óculos. Mas o cabelo é o da minha tia, talvez a senhora o tenha roubado à minha tia. É preciso ver se a minha tia está careca, só para saber se o sol está quente ou se o vento está frio. É como o amor, quente e frio, mais quente ou mais frio dependendo de quanto se lê um novelo, ou será novela, sem fim. Um autêntico mantra de carícias exigentes e com todo o sentido, afinal de contas liquido era o amor, se não se lesse sempre o mesmo livro.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Fome


As the snow flies
On a cold and grey Chicago morn
A poor little baby child is born in the ghetto

And his mama cries
Cause there's one thing that she don't need
Is another little hungry mouth to feed in the ghetto

(...)

Then one night in desperation
The young man breaks away
He buys a gun and steals a car
He tries to run but he don't get far

And his mama cries
A crowd gathers round an angry young man
Face down in the street with a gun in his hand in the ghetto

And as her young man dies
On a cold and grey Chicago morn
Another little baby child is born in the ghetto

terça-feira, 26 de março de 2013

Outro maldito, que não sou senão este tempo que decorre



Porque falta meia hora antes de
tomar o comprimido para dormir,
porque mesmo depois de tanto tempo
fazes de mi o filho com síndroma de Down
de Arthur Miller,
porque escrever não é só abrir cabeças
com o bisturi de Lacan,
e porque um poema não é a Isabella Rossellini
a chorar todos os sábados à noite,
nem o casal encontrado abraçado
na paralisia bucal do Vesúvio.
Porque a poesia não é a ponte Mirabeau
num cartaz de néon da adolescência,
porque hoje, quando ligaste,
era apenas porque te tinhas enganado no número,
porque estou cansado, voilà,
e não consigo evitar a noite,
penso agora em ti, Juliana,
heroína no sentido naturalista do termo,
penso sobretudo no teu arzinho
de provocação e de ataque.

Podias ter sido a Maria Eduarda
do cinema norte-americano,
a rapariga que ajudou a pôr fim à guerra em Vietname,
a Frida Kahlo e o Kofi Annan,
a estátua de Notre Dame.

O teu sentido reformista,
o teu olhar de Eça socialista,
cá está,
tinhas cabeças para embaixadora da boa vontade,
pés para andar nos corredores da ONU,
o feitio da botina, a mania, a despesa.

Mas continuas a dormir no teu cacifo húmido,
de cara para a parede
enquanto 20 repúblicas foram perpetuando
campanhas eleitorais e golpes de estado
nos jornais com os quais limpas os vidros da cozinha.

Coitada, coitadinha, coitadíssima,
permaneces na sala, um pouco pálida e fraca,
mas restituída aos deveres domésticos e aos prazeres da sociedade!

O feitio da botina, a mania, a despesa,
o cheiro a terebintina,
Ó Juliana Couceiro Tavira, per omnia saecula,
chega para cá a garrafa e o cinzeiro;
temos assuntos por tratar e meia hora de créditos.

Golgona Anghel
in Vim Porque Me Pagavam (Lisboa: Mariposa Azul, 2011)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Ás de espadas, Valete de copas

Conta as ondas, conta as ondas como se quisesses de sair de lá vivo. Tira a camisola e habitua-te ao frio, conta de novo como se fosse black jack. 21 ganhas 21 perdes. Estiveste a beber, não te sentes à mesa quando bebeste. Veste a camisola e vai embora. Estou bem, estou a contar as ondas. Estás enjoado, vais vomitar. É náusea sartriana, vai correr bem. Bebeste vinho, gin e whisky, não vais sair vivo. Já fiz isto vezes demais - pois, vezes demais. És capaz de ficar desta. Conto as ondas, para entrar e para sair, para apostar e parar. O risco é controlado, não pretendo ficar. Não? Talvez, mas não mesmo. A espuma quase que te manda ao chão, não entres. bebeste, vais morrer de indigestão. Não há problema, conta, entra, conta e sai. Não tem que saber, até uma criança era capaz, se não entrasse em pânico. Fuma um cigarro, mata-te mais devagar. Fumo sim, mas depois entro. Estúpido. De que é que tens tanto medo? Não posso viver sem ti. Sorri. Pois, não é apenas da boca para fora, não vives fora de mim. Merda apetecia-me mais um copo e isto está a ficar um gelo. Vou vomitar. Então não era sartriana? Vai-te foder. Sartre uma merda, detestei.  'Tá calado que vomitas. Entra lá. Ok, deixa ver como isto está. Entra à sétima e saí com a sexta, fácil - enterra o cigarro na areia fria. Isto hoje está para 21, balança o corpo, três passos rápidos, corpo em arco e entra debaixo da rebentação da onda. O gelo a cortar os ossos, o enjoo acalmou, a inocência como quimera ardente. Só o frio no peito a conter a respiração, a cabeça comprimida e a sensação de vertigem. Alea jacta est, apostas na mesa e o croupier só tem que virar as cartas da casa. Agora só falta contar para sair...

segunda-feira, 18 de março de 2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Night train

“If people bring so much courage to this world the world has to kill them to break them, so of course it kills them. The world breaks every one and afterward many are strong at the broken places. But those that will not break it kills. It kills the very good and the very gentle and the very brave impartially. If you are none of these you can be sure it will kill you too but there will be no special hurry.” 
― Ernest HemingwayA Farewell to Arms


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013