terça-feira, 3 de março de 2015

exercício 1

vida louca vida imensa, já que eu não posso te levar, quero que você me leve, não é isto mas é algo parecido com isso. Viagem directa ao desconhecido, ao esquecimento e a uma paz de tumba. Óptimo, tumba, cova rasa, algo parecido com beber um negroni ao pôr-de-sol. Um cigarro e enquanto a cinza caí o barulho de um corpo a bater no chão, uma calma inimaginável, um fio no monitor, e acabou-se os sobressaltos, já não há pi pis para ninguém, não me chateiem que estou morto, finei-me.
Nada mais me interessa, nem mentiras, nem mesmo das sinceras, contam já. Pão paz e o raio que te parta, só pode haver paz quando já não importar haver pão, que se foda a protecção e os atentados, acabou-se. Exagero? nada de exagerado aqui, uma rede entre duas árvores e uma bomba relógio atada aos cordões, vai no balanço com o tic tac até à eternidade.

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